A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Atualmente, tornou-se um lugar comum na Geografia dizer que esta estuda o “espaço geográfico”. É aceito amplamente que o espaço geográfico é historicamente produzido pela sociedade. A produção do espaço geográfico pela sociedade é compreendida a partir da relação desta com a natureza, por intermédio do trabalho (ação produtiva) e da técnica (meios, modos e instrumentos de trabalho ou produção).
Nessa versão difundida da produção do espaço o homem, organizado em sociedade, se apropria e transforma a natureza através do seu trabalho, por meios de técnicas, em vista de satisfazer necessidades. O espaço geográfico é produzido com essa ação transformadora do homem sobre o meio material/natural. Esta forma de compreender o espaço geográfico como socialmente produzido foi muito importante para os estudos geográficos, mas é bastante problemática, restritiva e, de certo modo, empobrecedora. Há claramente aí uma exclusão ou secundarização das demais relações sociais, como as relações de poder e as relações culturais, além do predomínio de uma visão dicotômica, unilateral e externalista da sociedade (homem) e natureza (meio). Portanto, há uma redução das relações de produção às relações de trabalho e uma redução da produção do espaço à relação sociedade e natureza (ou homem e meio, em algumas versões). Podemos dizer que a teoria mais disseminada da produção do espaço é marcada pela centralidade conferida ao trabalho e à técnica e, também, às relações de produção as capitalistas, sendo o capitalismo visto como um modo de produção construído na Europa (visão eurocêntrica do capitalismo) e que se difunde pelo mundo todo a partir daí.
Uma sociedade não se organiza primeiro para depois produzir o espaço geográfico, ou vice-versa. Toda sociedade ao se constituir enquanto tal constitui “seu” espaço geográfico (Porto-Gonçalves, 2003). Por outro lado, sociedade e natureza não são termos que se excluem e não podem ser compreendidos numa relação de causalidade unilateral, seja da natureza para a sociedade, seja da sociedade para natureza. A “natureza” exerce sempre uma co-ação na sociedade, é coagente, age com a sociedade, ou seja, não é uma base, um suporte passivo para ações dos homens e mulheres (Porto-Gonçalves, 2003).
Desse modo, o espaço não é produzido somente através dessa interação sociedade e natureza, por meio do trabalho e da técnica. O espaço é construído e constituído por uma multiplicidade de relações sociais, pelas relações que os diferentes seres humanos estabelecem entre si, dentro de um grupo ou comunidade (uma formação socioespacial) e relações com “outros” grupos e comunidades, amistosas e conflituosas, competitivas e cooperativas. Não se produz espaço geográfico por uma relação direta e indireta da sociedade sobre uma base natural tão somente, já que esta ação não tem sentido nem efeitos sem a relação simultânea que indivíduos e grupos estabelecem entre si. As sociedades se formam e organizam construindo/constituindo um espaço através de relações sociais e de poder; relações sociais de produção (atividades que sob o capitalismo tomaram o nome de trabalho e se expressam em formas específicas de trabalho capitalista e não-capitalista), relações sociais de exercício do poder e de resistência e relações sociais de produção de significações imaginárias, simbólicas, culturais.
As sociedades que os europeus conquistadores e chamaram de “indígenas”, que viviam no espaço que estes europeus chamaram de “América”, construíram o “seu” espaço geográfico. O geógrafo Milton Santos entende que este se constituía em um “meio natural” (mas não pré-técnico), mas em realidade era um espaço geográfico, apesar das alterações que estas sociedades promoveram por centenas de anos na “natureza” não terem sido materialmente “expressivas” (o que não quer dizer que não tenham empreendido importantes transformações materiais, ecológicas e culturais do meio), em comparação com outras sociedades. O que leva Santos a definir esse espaço geográfico como meio natural é seu centralismo técnico, considerando as técnicas usadas e desenvolvidas pelas sociedades europeias, ocidentais, capitalista e modernas.
Evidentemente que as sociedades indígenas criaram e desenvolveram técnicas (na construção de habitações, instrumentos e armas; no uso medicinal de plantas e animais; no cultivo de produtos, como o milho e a mandioca; na confecção de canoas, armas, utensílios etc.), mas todas estas eram inseparáveis da cultura, por isso consideradas “rústicas”, “primitivas”, “tradicionais”. O espaço geográfico produzido pelas sociedades indígenas – e em grande parte destruído pela colonização europeia –, assim como por toda sociedade, envolvia o “atividades produtivas” (caça, pesca, plantio e coleta), as técnicas (instrumentos e modos de realizar a produção), a cultura (festas, danças, músicas, rituais, cerimônias, narrativas, valores, costumes, normas, símbolos, linguagens, pinturas) e o poder (governo, guerras, apropriação e controle de território). As atividades relacionadas ao trabalho e com o intermédio de técnicas não são as principais e nem as mais importantes na produção do espaço geográfico pelas sociedades indígenas. E nem em nenhuma sociedade assumem tal centralidade e primazia que os geógrafos lhes atribuem, mesmo nas sociedades modernas capitalistas urbano-industriais.
A separação entre homem e natureza também é própria da cultura ocidental capitalista moderna. Por isso a “natureza” não é uma base material independente de nossas ações e significações (é um conceito situado, localizado, relativo). A natureza é sempre “produzida” social e culturalmente de maneira diversa. Ao nomear a natureza como uma exterioridade em oposição ao homem já se está produzindo uma natureza (concepção, representação, ideia), pelo significado que essa concepção lhe atribui. Ou seja, esta materialidade natural, na qual não se exerceu nenhum trabalho humano (de apropriação e modificação direta) é construída e apropriada simbolicamente. A sociedade produz em relação a esta uma rede de significados, valores e relações que de diversas maneiras determina o modo como esta natureza pode ser apropriada, dominada e transformada materialmente pela produção, pela cultura e pelo poder. Porque não há produção do espaço sem produção de significados sociais e exercício do poder.
Compreendemos, assim, que o espaço geográfico é produzido por toda sociedade através de relações sociais de produção – não somente trabalho –, de significação e de poder/resistência. Estas significações sociais e as relações de poder/resistência não apenas constroem o espaço geográfico como o constituem desde o início de sua produção. Estas encontram-se, geralmente, objetivadas no espaço em forma de objetos, práticas e valores culturais/simbólicos, ao mesmo tempo em que estão incorporadas em instituições e nos corpos dos homens e mulheres na forma de valores, costumes, crenças, hábitos, conhecimentos, normas, práticas etc.
Toda produção do espaço envolve o saber, determinado modo de produzir saber. Ao produzir(-se) a sociedade produz um saber, melhor dizendo, saberes diversos e como toda produção é produção de espaço (Santos, 1988), podemos então dizer que toda produção do espaço é produção de saberes espaciais ou geográficos. Desde o início as sociedades produzem o espaço geográfico como materialidade (para seu abrigo e reprodução, satisfação e realização), como um “magma de significações imaginárias” (Castoriadis, 1982) ou culturais, como espaço de exercício do poder e da resistência, construindo nesse processo “conhecimentos geográficos”, sem os quais o espaço não pode ser produzido, vivido e compreendido.
A produção do espaço geográfico envolve quase sempre a apropriação, transformação e domínio material e simbólico da “natureza” (de meios, recursos, propriedades, fenômenos e dinâmicas físico-materiais), através de atividades produtivas, das técnicas e da cultura – uma “natureza” concebida de modo muito diferente por cada sociedade. Ao mesmo tempo, essas interações sociedade e natureza (sendo que a natureza atua ou co-age também na produção do espaço geográfico) são constituídas e marcadas pelas relações de poder/saber e poder/resistência. Desde o começo, todo tempo e em todo lugar, o espaço é produzido cultural e politicamente, tanto em função, por exemplo, do regime de propriedade, quanto em função do domínio, controle, apropriação e das resistências, o que muitas vezes conduz aos conflitos e guerras, mas também negociações e cooperações estratégicas.
O espaço é produzido e simultaneamente governado e significado. Se as técnicas definem a capacidade de uma sociedade de alterar o “pedaço de natureza” com que se relaciona (Santos, 1996), esta capacidade e o modo de alteração dependem sempre da cultura. Se a cultura e a técnica definem uma “mediação” na relação sociedade e natureza, na produção do espaço, esta mediação apenas se realiza através de relações sociais de poder que definem o uso das técnicas e a produção de significados e valores sociais. O espaço é sempre produto, condição e meio de relações de produção (Lefebvre, 2000), relações de poder/saber/resistência e relações culturais.
Não são unicamente o trabalho e a técnica que atuam na produção do espaço geográfico, também a cultura e o poder atuam na produção do espaço, ou seja, não apenas servem de intermédio e mediação, mas são constitutivas das relações dos homens entre si e da sociedade com a “natureza”; sem a cultura e o poder não se pode compreender o desenvolvimento das técnicas e seus usos sociais. O poder e a cultura fazem com que determinadas condições técnicas sejam criadas pelas sociedades e condicionam a distribuição, regulação e usos do sistema técnico.
Sociedades diferentes criam e usam as mesmas técnicas de modo diferente, produzindo espaços diferentes e diferenciadamente. Algumas técnicas criadas por uma sociedade são utilizadas de maneira completamente diversa por outras, em vista das finalidades políticas e segundo seus valores culturais (Santos, 1996). É o que aconteceu com o uso da pólvora pelos europeus, por exemplo, uma invenção cultural chinesa – estes a usavam para fogos de artifício – a qual os europeus deram um uso militar, produzindo armas de fogo. Ou uso do cavalo, do machado e outros instrumentos de metal pelos indígenas, a partir de suas práticas e valores culturais não-capitalistas, ou seja, não necessariamente voltados para gerar mercadorias, lucro e acumulação de riquezas ou domínio, desigualdade e diferenciação social.
Portanto, não é apenas as atividades deliberadas e racionais do trabalho que produzem o espaço geográfico, mas nem todo trabalho é ação racional e consciente. O trabalho é uma das atividades produtivas (já que as atividades/ações/práticas relacionadas ao poder e à cultura também são produtivas, produzem espaço) e não se pode dizer que seja a mais importante, a principal, pois em toda sociedade o modo de produzir (que não visa apenas satisfazer necessidades, como também prazeres e interesses, aspirações e desejos, paixões, projetos, sonhos, delírios e utopias) está vinculado com o modo de governar e o modo de viver, pensar, sentir, significar o mundo, a vida, as relações, os objetos etc. Ou seja, as ações políticas e as criações culturais são inseparáveis da produção econômica-material do espaço. E aquilo que se denomina de “necessidades”, que o trabalho visaria satisfazer são também produzidas e reproduzidas política e culturalmente pela sociedade (Marx e Engels, 2004).
O próprio trabalho pode ser interpretado como uma “atividade” histórica, social e cultural produzida, governada e significada de maneira específica (Marx, 1996). São as relações sociais e de poder que produzem o que se chama de trabalho, a necessidade (vestir, calçar, morar, comer, beber, amar, se reproduzir) e a técnica, de acordo com as respostas das sociedades às condições naturais e históricas, que são técnica e culturalmente superadas e/ou transformadas. Mas, as sociedades também produzem necessidades e produzem produtos para satisfazê-las que não dizem respeito à proteção, nutrição e reprodução dos corpos humanos. São necessidades relacionadas à busca do belo, à busca de prazeres, à espiritualidade (relação com o sagrado), à realização do amor etc. (Lefebvre, 2000). Não é o trabalho necessariamente que satisfaz tudo isso, pois nenhuma sociedade vive sem artes, sem religião, sem sexo e amor. Pelo trabalho e por meio das técnicas se constrói o palácio do governo e o templo dos deuses, mas é o governo que exige e determina o modo de construir (com trabalho escravo, com servidão ou com trabalho assalariado) e a cultura que define o modelo e sentidos das edificações, além dos materiais, recursos e artificies humanos disponíveis.
Desse modo, além da técnica e do trabalho (produção econômica, material) ao se construir o conceito de espaço geográfico como produzido pela sociedade, temos que levar em conta a cultura e o poder, sem que haja uma primazia ou precedência epistemológica, ontológica ou lógica entre estes. Podemos usar como exemplificação das relações de poder na produção do espaço as formas que as sociedade estabelecem o governo através da apropriação, domínio e controle do espaço e também das resistências; as guerras são os momentos e os modos em que as relações de poder entre povos é mais explícita na produção (pela destruição, muitas vezes) do espaço. Podemos também usar como exemplo das produções de significados na produção do espaço as festas (profanas e/ou sagradas), através do modo como as sociedades representam para si o mundo, do modo como o vivem, habitam etc. As festas também, em cada sociedade, levaram a produção de espaços específicos para suas realizações, bem como agentes hegemônicos as utilizaram e a utilizam como meio de dominação ideológica – as festas romanas, as festas religiosas, as festas/espetáculos modernas (Lefebvre, 2000).
Esse espaço geográfico assim produzido não é apenas um palco, uma superfície ou um teatro onde as pessoas e as coisas, a relações e fenômenos estão situados e os acontecimentos ocorrem. O que a noção de produção do espaço trouxe de importante para nossa compreensão geográfica do mundo foi a ideia de que o espaço geográfico é tanto um produto, um resultado, como um meio e uma condição de produção e reprodução da sociedade. Desse modo, não é que a sociedade se organiza para depois produzir o seu espaço; o espaço geográfico é produzido ao mesmo tempo em que a sociedade se produz e reproduz. Sem o espaço geográfico não existe sociedade, nenhuma forma de sociedade pode existir, pode se produzir e reproduzir enquanto sociedade (Porto-Gonçalves, 2003).
Assim, transformar a sociedade é também transformar o espaço geográfico, o modo como este é produzido, apropriado, governado e significado socialmente. O ser humano não é apenas um agente da História, ele também é um agente da Geografia. O ser humano constitui sua existência geo-grafando a terra (Porto-Gonçalves, 2003). O ser humano produz a História[1] e ao produzi-la produz a Geografia, o espaço geográfico sem o qual não pode haver história, não só porque é palco dos acontecimentos históricos, mas sim porque é produto, resultado, condição e meio de realização da História. A História não se faz no espaço, mas se faz com/através do espaço geográfico e faz o espaço.
Isso nos coloca outro entendimento do que seja o espaço geográfico e da sua importância para compreensão do mundo, da sociedade, do futuro e das transformações que acontecem no mundo ou esperamos aconteçam e/ou buscamos realizar. O espaço geográfico é assim produto de relações e também um espaço de relações múltiplas (Massey, 2008). O espaço é tecido por uma rede complexa de relações sociais e de poder, efetivamente existentes ou potenciais. Temos que compreender como se dão essas relações para compreender como o espaço se constitui e se apresenta e organiza, a maneira que se organiza para uns, mas se apresenta como desordem para outros (Santos, 1996).
O espaço sempre é heterogêneo, diverso, plural, ou seja, uma multiplicidade (Massey, 2008). O espaço geográfico não é apenas uma coleção de objetos, ou conjunto de coisas, é uma multiplicidade que se apresenta estruturada de forma desigual, contraditória, ambivalente. Além disso, o espaço geográfico está sempre a se fazer, nunca está completo, terminado, concluído; é sempre um espaço aberto (Massey, 2008). O espaço em sua materialidade e organização está sempre mudando: construções envelhecem, são derrubadas ou reformadas, novas são erguidas; novas relações estão sendo tecidas ou se tornam possíveis; redes se ampliam, intensificam, desfazem, refazem ou tornam possíveis certas conexões e significados. Uma ação qualquer pode fazer com que espaços apropriados e usados de um certo modo e por determinado grupo de pessoas passem a ser usados, apropriados e valorizados de outras maneiras, com outros objetivos, por outras pessoas. O espaço geográfico é um espaço de relações, constitui-se numa multiplicidade e nunca está pronto e acabado; e quase sempre se apresenta como um convite à ação (Massey, 2008; Santos, 1996).
O conceito de espaço geográfico como socialmente produzido é diferente do conceito de natureza e não é sinônimo de meio físico-material, ou seja, apenas um palco (inerte, parado, fixo) sobe o qual as pessoas e coisas podem ser localizadas, criadas e os acontecimentos se realizam. Assim, fazer uma análise geográfica do mundo é interpretar como as formas materiais existentes foram e são produzidas, usadas, apropriadas, governadas e significadas; as relações sociais, culturais e de poder/resistência que deram origem, definiram e definem os usos e sentidos dessas formas; os processos históricos que estão nestas materializadas; os agentes sociais e instituições que se constituíram ao produzir, governar e significar esse espaço etc. Isso só é possível se analisarmos o próprio espaço que produzimos, no qual vivemos, a partir dos diferentes lugares que ocupamos, usamos ou pelos quais transitamos, nos movemos diariamente, aos quais estamos vinculados efetiva e afetivamente.

Referências Bibliográficas
ARENDT, Hannah. A condição Humana. 11 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005.
CASTORIADIS, Castoriadis. A instituição imaginária da sociedade. 5ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
LEFEBVRE, Henri. La production de l’espace. 4ª éd. Paris: Éditions Anthropos, 2000.
MASSEY, Doreen. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.
MARX, Karl. Miséria da Filosofia. Trad. Torrieri Guimarães. São Paulo: Martin Claret, 2007.
_____. Manuscritos Econômicos e Filosóficos. Trad. Alex Marins. São Paulo: Martin Claret, 2006
_____. O Capital: Crítica da Economia Política. V. 1. Livro Primeiro. Trad. Regis Barbosa e Flávio R. Kother. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996.
MARX, Karl & ENGLS, Friedrich. A Ideologia Alemã: Feuerbach – A Contraposição entre as Cosmovisões Materialistas e Idealistas. Trad. Frank Müller. São Paulo: Martin Claret, 2004.
PORTO GONÇALVES, Carlos Walter. A geograficidade do social: uma contribuição para o debate metodológico sobre estudos de conflito e movimentos sociais na América Latina. En publicación: Movimientos sociales y conflictos en América Latina. José Seoane. CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, Buenos Aires, Argentina. Programa OSAL, 2003.

SANTOS, Milton. Espaço e método. São Paulo: Hucitec, 1985.
_____. Por Uma Geografia Nova. São Paulo: Hucitec, 1988.
_____. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1986.
_____. Técnica, Espaço Tempo. São Paulo: Hucitec, 1994.
_____. A Natureza do Espaço. Técnica e Tempo. Razão e Emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.

SANTOS, Milton e SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: Território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro:Record, 2001.



[1] Marx afirmava que os homens fazem a sua história, mas em situações que não são por ele determinadas. Hannah Arendt (2005: 232), no entanto, afirmava que embora a história deva a sua existência aos homens, obviamente não é, todavia, “feita” por eles. 

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